Por: Kethleen Rebêlo
Depois de enfrentar uma greve de 118 dias, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) – Campus Universitário “Prof. Dorval Varela Moura” recebeu no período de 09 à 12 de dezembro de 2012 em Parintins a comissão do Ministério da Educação, designada por ofício, para a realização da Avaliação para Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento do Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo. O Prof. MSc. Lucas Milhomens, coordenador do curso, descreveu como foi realizada esta visita e expôs sua opinião sobre o processo de avaliação a qual o curso foi submetido. A seguir entrevista feita por e-mail.
Depois de enfrentar uma greve de 118 dias, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) – Campus Universitário “Prof. Dorval Varela Moura” recebeu no período de 09 à 12 de dezembro de 2012 em Parintins a comissão do Ministério da Educação, designada por ofício, para a realização da Avaliação para Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento do Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo. O Prof. MSc. Lucas Milhomens, coordenador do curso, descreveu como foi realizada esta visita e expôs sua opinião sobre o processo de avaliação a qual o curso foi submetido. A seguir entrevista feita por e-mail.
Kethleen Rebêlo: De acordo com o relatório que contém a
conclusão da avaliação feita pela comissão do MEC, o curso de Comunicação
Social – Habilitação em Jornalismo do Campus Parintins, com o objetivo de
construir uma formação cientifica e humanística que busca compreender a
realidade e cultura amazônica, propõe aos discentes mecanismos de manutenção
por meio de bolsas. De que forma é realizado estes trâmites? Qual é a
participação dos docentes neste processo?
Lucas Milhomens: Há várias modalidades de bolsas na Ufam destinadas
aos discentes, no caso do ICSEZ temos desde bolsas destinadas a iniciação
científica (Pibic), a atividades de extensão (Pibex), bolsas trabalho (para o desenvolvimento
profissional do acadêmico) e, também, a modalidade de bolsas permanência, uma
auxílio da Instituição para os acadêmicos que não têm condições financeiras de
permanecer no município. No caso do nosso curso somos responsáveis por três
bolsas trabalho, ligadas especificamente à Coordenação do Curso (sob minha
responsabilidade) e várias bolsas Pibic e Pibex sob responsabilidade de outros
professores.
K. R:
Na análise do MEC foi detectada que a matriz curricular do curso é composta por
disciplinas que preveem aparências da realidade local. Que método é usado para
acordar a composição disciplinar desta matriz? E como é implementada a
metodologia do curso?
L. M:
Existe,
no âmbito do Curso, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) responsável pelas
discussões e alterações em nossa matriz curricular. Um dos pontos norteadores
do NDE é justamente adequar nosso curso as necessidades locais, na medida que
isso seja possível. Nossa intenção é corrigir possíveis falhas em nossas
diretrizes e criar (ou excluir) disciplinas que representem tais necessidades
como, por exemplo, a realidade amazônica e a comunicação.
K. R: As
considerações feitas pela comissão sobre o corpo docente enfatizam sobre o
Núcleo Estruturante do Curso. Qual vem ser sua função? Como ele é composto? E
quais assuntos são discutidos em suas reuniões periódicas mensais e
extraordinárias?
L. M: Essa pergunta foi respondida
parcialmente na questão anterior. Hoje o NDE é composto por cinco professores e
eu sou o presidente.
K. R: Professor, qual sua opinião sobre o
relatório feito pela comissão do MEC ao corpo docente do curso e sobre a função
do colegiado na gestão administrativa do instituto?
L. M:
Acho
que o relatório foi condizente com a verdade e o estágio que o curso está hoje.
Somos um curso muito recente, temos menos de cinco anos de existência e já
realizamos várias coisas. Nosso corpo docente está bem representado e é
bastante atuante, basta elencar os inúmeros projetos já executados pelos mais
diferentes professores do curso de Comunicação do ICSEZ. Um dos pontos
avaliados negativamente pela Comissão do MEC foi a pouca experiência da quase
totalidade de nosso corpo docente, com poucos anos de atividade. Neste item,
por exemplo, não temos como fazer nada, a não ser tralharmos e adquirirmos mais
tempo de serviço para as próximas avaliações. Sobre nossa função colegiada
podemos considerar que somos um dos cursos mais atuantes no ICSEZ, discutindo e
levando para as instâncias decisórias da Instituição todas as demandas que a
nós é apresentada.
K. R: Como pôde ser observada, a menor nota
dada na avaliação foi na dimensão da infraestrutura que o curso oferece aos
alunos. Qual é a opinião do coordenador sobre o espaço de trabalho para
coordenação do curso e serviços acadêmicos e o indisponível acesso dos
portadores de necessidades especiais ao instituto?
L. M:
Como
você mesma observou, este é o maior "gargalo" hoje do Instituto.
Nossa biblioteca não está digitalizada (não há sistemas de consultas online),
ainda temos poucos títulos de livros previstos em nosso Plano Pedagógico do
Curso (PPC) e não há um espaço físico específico para a Coordenação do Curso, a
mesma funcionando na sala do atual coordenador. Outro problema sério e avaliado
negativamente pela Comissão do MEC é a falta de acessibilidade para pessoas com
deficiência, o que precisa ser resolvido urgentemente. Estas questões precisam
ser sanadas institucionalmente e estão para além de nossa administração como
coordenador. O que podemos fazer (e estamos) é pressionar.
K. R: No
quesito infraestrutura também foi notado pela comissão que a acessibilidade dos
discentes aos equipamentos de informática, bem como aos laboratórios do curso
são de fácil disponibilidade, com 75 máquinas funcionando em período integral.
Fale um pouco sobre essa situação de infraestrutura, que ora é bem disponível
com equipamentos e laboratórios atualizados e acessíveis, e ora com um acervo
bibliográfico incompleto e indisponível.
L. M:
Como
respondi na questão anterior, nossa biblioteca não está alinhada a nossos
laboratórios, ou seja, temos uma estrutura precária para nosso acervo
bibliográfico e uma boa estrutura laboratorial, com computadores, câmeras,
gravadores e máquinas digitais. O que é preciso ser feito, como já mencionei é
a Instituição priorizar questões essenciais como uma boa e digitalizada
biblioteca e uma infraestrutura adequada a legislação inclusiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário