Órgãos
públicos, pesquisares e a sociedade divergem nas opiniões
Roubos são os casos
mais frequentes segundo dados da polícia civil
As
infrações cometidas por menores em Parintins são cada vez mais recorrentes.
Dados da delegacia de polícia apontam alto crescimento e o envolvimento de
menores em 10 a cada 11 ocorrências. Desses crimes os roubos e furtos são os
mais comuns. Os conselheiros tutelares se veem em um trabalho paliativo.
Conselho
tutelar e polícia em Parintins tem a mesma opinião. Querem de penas mais rígidas
para os infratores. Pesquisadores e cidadãos parintinenses acreditam que há uma
falha do poder público na área da educação, do lazer e das oportunidades para
um futuro promissor.
Conselho tutelar
Para
o conselheiro tutelar Carlos Rojas, um dos problemas é que os pais só procuram
o conselho quanto o filho já está na delegacia e não para prevenir problemas
futuros. Ele diz ainda que “Nossa função é resguardar direitos das crianças e
dos adolescentes” e por isso ele apenas faz valer o Estatuto da Criando e do
Adolescente (Eca), mas não concorda com essa lei por que é branca demais.
“Nós
não podemos fazer nada, apenas orientamos. Um dia desses liberamos um garoto
que se exaltou com os policiais, ele tinha 17. Eu não concordo com isso, mas é
assim. Tem que soltar, é a lei”, afirma o conselheiro, mas que é preciso mais
vigor nas ações com os menores infratores que nem podem ser considerados
criminosos pela lei.
Delegado
Para
o delegado da policia civil, Ivo Cunha, há um falha no Eca. Ele afirma que, “toda
a sociedade condena as penas que ele prevê. É como um estímulo pra ele porque
quando ele chega à maioridade a ficha dele fica limpa”, mas que o principal
problema é a desagregação familiar, pois o menor normalmente é abandonado e criado
nas ruas por que a família não consegue cuidar deles.
“Deveríamos
colocar o menor infrator em um abrigo que mudasse a trajetória de vida dele. Ninguém
é perdido, mas a droga destrói os neurônios, junto com má alimentação e as
coisas básicas. O estado deveria pegar essas crianças no inicio pra trabalhar”.
Afirma o delegado, dando ênfase na falta de apoio do estado, mas reiterando que
há casos em que são necessárias maiores penas.
Ponto de vista da população
A
estudante da Ufam, Adana Lopes, diz que “que falta de lazer e de ações
socioeducativas aos adolescentes são motivos que levam a crescer o índice de
criminalidade entre menores”. A estudante afirma ainda que há um descaso dos órgãos
competentes e das famílias.
Para
a estudante de comunicação social/jornalismo, Janna Gabrielle, os problemas
estão nas informações indevidas veiculadas pelos meios de comunicação e “ao
invés de gastar verbas governamentais em construções de casas de detenções
deveriam investir na qualidade de ensino, porque terá um bom retorno”.
Equipe 02
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