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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Alcoolismo entre jovens: um problema real?

        O consumo de álcool entre jovens é discutido cada vez mais como um problema crítico. Em Parintins a mesma discussão tem sido feita, inclusive com o mesmo erro: falta de embasamento em pesquisas científicas.
       Segundo pesquisas do Dr. Ronaldo Laranjeira que é médico psiquiatra, PhD em Dependência Química e professor da Universidade Federal de São Paulo, apenas metade das mulheres bebem no Brasil, sendo que os efeitos do álcool são mais fortes no sexo feminino tendo em vista padrão enzimático de absorção do álcool mais efetivo e rápido em função de uma quantidade relativamente maior de gordura e menor de água no organismo. Os homens, a maior estatística (70%), se deparam com a maior resistência ao álcool.
       Entre os adolescentes o mesmo padrão enzimático de absorção do álcool é relativamente diferente das proporções de um adulto. O diferencial biológico não é a idade e sim o tipo físico da pessoa. Isso quer dizer que o real problema não é alcoolismo entre jovens ou menores de idade, mas um relativo controle entre o consumo e a qualidade de vida, de forma mais específica o controle de gordura e água no organismo.
      Então! Onde está o problema do consumo de álcool? Se batermos os dados da delegacia de polícia com os Detram (Departamento Estadual de Trânsito) encontramos pouquíssimas ocorrências envolvendo alcoolismo. Os acidentes de trânsito são em maioria dadas em função das imprudências e da falta de fiscalização e municipalização, tal qual o recente caso da estudante Priscila Guerreiro.
     O álcool é realmente um problema reconhecido? Então por que há raras exceções de países com proibição de bebidas alcoólicas (Afeganistão, Brunei, Bangladesh, Irã)?
       Na contramão das discussões no Brasil e em Parintins um estudo publicado na revista Norte Americana “Archinte Jamanetwork” diz que mulheres que bebem pelo menos uma vez por dia têm chance de 31% menor de desenvolver doença de coração e ou pressão alta.
     Outros estudos, um feito no Reino Unido pelo National Child Development Study e outro nos EUA pelo National Longitudinal Study of Adolescent Health dizem que a inteligência está ligada ao consumo de álcool e seria um traço evolutivo que começou há cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o álcool consumível.
    Com isso vemos que as pesquisas não indicam um problema com o alcoolismo e menos ainda em menores de idade. De forma contrária pesquisas indicam vantagens no consumo de álcool.

Equipe 02

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